Competidor que já teve três fraturas estreou com bom resultado no Circuito Rancho Primavera
Quando a etapa de Pacaembu começar, Dorival Ferreira Jr, de São Miguel Arcanjo (SP), terá uma missão, manter o seu ótimo rendimento, repetir o rendimento de sua estreia em Barbosa (SP), pelo CRP.
Isso mesmo, embora já experiente no rodeio, Dorival fez sua estreia na etapa de Barbosa (SP), e terminou aquele rodeio na segunda colocação, e colocou ele na vigésima posição do ranking, ou seja, apto a ser convidado, selecionado para as próximas etapas. Em resumo APROVEITOU A OPORTUNIDADE.
Mas, a história de Dorival é de fato assustadora, e ao mesmo tempo de superação. Valendo que, o raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar, ou que você pode fraturar um osso do corpo mais de uma vez, montando em touros, com Dorival foram três fraturas sérias que o afastaram da arena por quase três anos no total.
Antes de falar das fraturas, vamos falar um pouco de sua história, ele começou a gostar de rodeio influenciado pelo irmão, que já andava atrás de rodeio, porém, de criação, de fazendas, a vida rural, ou country, sempre foi apaixonado, e é assim que se sustenta, quando o rodeio apareceu em sua vida, ele já trabalhava na lida com o gado e continua até hoje.
- Tudo o que Deus coloca na vida da gente, precisamos continuar, e foi assim com o rodeio, mas, não abandonei meu trabalho e principalmente meu amor pelas criações, claro que o rodeio me deu muita coisa, mas procuro conciliar dois trabalhos. – Explica Dorival
Quando Dorival fala que o rodeio apareceu em sua vida, é que o rodeio chegou um pouco tarde para ele, aos vinte anos de idade.
Com sua paixão por animais, não é novidade que ele também tinha outra paixão, laçar, atividade que praticava desde os dez anos de idade.
Quando seu irmão, Diogo Ferreira, começou a seguir rodeio, ele seguiu junto, não teve a aprovação dos pais, treinava escondido e foi pegando gosto, até chegar em um rodeio profissional, em um bairro de sua, São Miguel Arcanjo (SP). Não foi bem.
- Coloquei na minha cabeça que precisava treinar, foi quando conheci o Silvano Alves, treinei oito meses com ele, e ele mesmo me arrumou uma etapa do Circuito Barretos para eu montar em Pilar do Sul (SP), fui bem até a semifinal, mas cai de um touro e não consegui entrar na final – Relembra este momento de sua carreira
Ele continuou, na sequência, ganhou uma moto, um carro, a carreira estava decolando, porém, também na sequencia veio a primeira fratura, a perna, e um ano parado sem montar.
- Eu voltei a treinar no meu amigo João Augusto Cezere, ele sempre me ajudou a consertar meu psicológico, e voltei para as arenas – Explica
Logo veio a mesma rotina de treinos e rodeios, quando chegou em Araçatuba (SP), mais uma prova, ou motivo para largar tudo, uma nova fratura, agora no braço e mais seis meses de gancho, sem montar.
Não desistiu, voltou a treinar, e encarar os rodeios, ganhou mais duas motos, entrou na Ekip Rozeta, foi em quatro etapas, entrou em três finais, até que em Altônia, montou “Príncipe Negro” da Cia Paulo Emílio, na semifinal, levou um pisão, onde quebrou as costelas, fratura exposta, mais oito meses parado.
- Quando eu quebrei o braço, logo na sequência, meu pai faleceu, eu já havia pensando em parar de montar. Quando eu quebrei as costelas a recuperação foi mais difícil, até tentei montar em um rodeio, mas não aguentei de dor, fiquei treinando e recuperando até conseguir ter confiança e tive essa oportunidade de montar no CRP – Explica sobre seu último retorno
- Tudo fica bem quando a gente consegue um resultado bom, depois que perdi meu pai, sou o esteio deles aqui, eles ficam felizes, os amigos que ajudaram e sabe da minha história ficam felizes, estou mais confiante espero continuar fazendo um bom trabalho agora – Finalizou Dorival sobre resultado de Barbosa (SP), onde parou em todos os touros e terminou na segunda posição.
A etapa desta semana no CRP está acontecendo na cidade de Pacaembu (SP) entre os dias 09 e 09 de abril.
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Por Eugênio José – MTB: 67.231/SP
Foto: Eugênio José